4.6.09

Piquenique no parque


Foi com uma ciranda e muitas frutas que comemoramos o encerramento da oficina.

Fim de um curso,

começo de uma história!

26.5.09

o trabalho da ana luisa

Queridos,

Eis um link para uma entrevista na Revista Crescer falando da pesquisa de Ana Luisa Lacombe com lixo reaproveitável.

E aqui, o site da Ana.

Aproveitem!

8.4.09

a voz de adília

De presente, aqui, Adília Lopes, poeta portuguesa, lendo seu poema Louvor do Lixo, do livro A mulher-a-dias.

um fragmento d'O Narrador

Queridos,
este texto foi enviado na íntegra em nosso e-mail coletivo, mas deixamos aqui um fragmento. Para refletir, pra fazer pensar.
Boa (re)leitura!


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A narrativa, que durante tanto tempo floresceu num meio de artesão - no campo, no mar e na cidade -, é ela própria, num certo sentido, uma forma artesanal de comunicação. Ela não está interessada em transmitir o "puro em si" da coisa narrada como uma informação ou um relatório. Ela mergulha a coisa na vida do narrador para em seguida retirá-la dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila do vaso. Os narradores gostam de começar sua história com uma descrição das circunstâncias em que foram informados dos fatos que vão contar a seguir, a menos que prefiram atribuir essa história a uma experiência autobiográfica. Leskov começa A fraude com uma descrição de uma viagem de trem, na qual ouviu de um companheiro de viagem os episódios que vai narrar; ou pensa no enterro de Dostoievski, no qual travou conhecimento com a heroína de A propósito da Sonata de Kreuzer; ou evoca uma reunião num círculo de leitura, no qual soube dos fatos relatados em Homens interessantes. Assim, seus vestígios estão presentes de muitas maneiras nas coisas narradas, seja na qualidade de quem as viveu, seja na qualidade de quem as relata.(...) Talvez ninguém tenha descrito melhor que Paul Valéry a imagem espiritual desse mundo de artífices, do qual provém o narrador. Falando das coisas perfeitas que se encontram na natureza, pérolas imaculadas, vinhos encorpados e maduros, criaturas realmente completas, ele as descreve como "o produto precioso de uma longa cadeia de causas semelhantes entre si". O acúmulo dessas causas só teria limites temporais quando fosse atingida a perfeição. "Antigamente o homem imitava essa paciência", prossegue Valéry. "Iluminuras, marfins profundamente entalhados; pedras duras, perfeitamente polidas e claramente gravadas; lacas e pinturas obtidas pela superposição de uma quantidade de camadas finas e translúcidas... - todas essas produções de uma indústria tenaz e virtuosística cessaram, e já passou o tempo em que o tempo não contava. O homem de hoje não cultiva o que não pode ser abreviado." Com efeito, o homem conseguiu abreviar até a narrativa. Assistimos em nossos dias ao nascimento da short story, que se emancipou da tradição oral e não mais permite essa lenta superposição de camadas finas e translúcidas, que representa a melhor imagem do processo pelo qual a narrativa perfeita vem à luz do dia, como coroamento das várias camadas constituídas pelas narrações sucessivas.
Walter Benjamin
Do livro: Magia e Técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Obras escolhidas, v. I), Brasiliense, 1987, SP.

6.4.09

dia 6/4

Estamos na reta final da primeira fase de nossa oficina. E hoje o dia pela manhã foi bom à beça. Bom porque, além do encontro, que é sempre muito especial, ouvimos muitas histórias de nossos colegas e percebemos o quanto os fios de causos estão se emaranhando e ganhando vida para além da gente. Porque são assim as histórias - elas nos atravessam e vivem para além de nós; elas são a nossa porção de eternidade.

5.4.09

Uma história pra pensar...



Numa pequena aldeia havia um homem muito simples, que trabalhava no campo e era conhecido por todos como “o Leiteiro”.

Ele não possuía nenhuma cultura ensinada por professores, não entendia de livros, mas sim da beleza dos fenômenos da natureza. Sua alma se incendiava de lirismo e ele conversava com Deus no meio das ervas, das flores das águas cristalinas dos riachos, das nuvens...

Um dia ele foi participar de um ritual num templo sagrado que estava repleto de santidade e misticismo. O jovem leiteiro não entendia de orações e nem as sabia pronunciar. Ele sentia Deus a sua maneira, no fundo de suas fibras intimas e também queria expressar a sua emoção.
De repente, quando todos estavam concentrados em suas orações, ouviu-se um forte assobio no templo. Todos interromperam as preces, confusos com essa profanação na casa de Deus, e imediatamente buscaram o culpado.

Quando perceberam que era O Leiteiro, todos se aproximaram para repreendê-lo. De repente ouve-se a voz do mestre da cerimônia:

- Não o toquem. Esse assobio foi a prece mais pura do dia de hoje. Graças ao seu assobio acessamos a morada de Deus.

Todos abaixaram a cabeça num silêncio meditativo.

- O rapaz chorando, fugiu para os campos infinitos. Não sabia que tinha inventado um novo canto, uma nova prece.

[Reconto de Célia Gomes, inspirado em conto tradicional de ensinamentos da Cabaláh]

12.3.09

link do filme

Queridos,
abaixo está o link do filme que vimos em aula.
Assistam a parte III - Sustentabilidade -, que está mais ou menos depois de 1 hora de filme.

Beijos,

http://video.google.com/videosearch?q=zeitgeist+addendum+em+portugu%C3%AAs&emb=0

8.3.09

participantes da oficina

Começou!
Foi e está sendo uma delícia!
Abaixo, os participantes da oficina:

Ana Claudia Prates
Camila Faria
Eduardo Bearzoti
Fátima Sônia
Fernanda Jimena Bello
Gerson Almoster
Gisele de Oliveira Achkar
Hilda de Alencar Gil
Joselita Oliveira Barreto
Joamar Branco
Júlio César da Costa
Leandro Ivo
Letícia Mendonça Dias
Lilian da Silva Santos
Luz Lima
Manfred Konrad Richter
Márcia Carubi
Marco Antônio
Marilene Vicente
Maria Estela S. Ferreira
Paulo de Souza
Regina Alves
Selma Miranda da Silva
Sônia Aparecida Luiz
Zilda Fiúza da Silva

24.2.09

Joaninha sem pintinhas


Nós, as paramparinhas,
temos uma história linda das joaninhas sem pintinhas.
Foi nossa primeira criação -
motivo pelo qual as joaninhas sempre estão presentes em nossas vidas.
Dia desses, as paramparinhas Denise e Marcela, contaram essa história em Itapevi. Qual foi a surpresa da Denise, quando uma semana depois, ao voltar para a cidade, a menina Maiara, que ouviu o conto, apareceu com um copinho de plástico, com alguns raminhos de plantas e duas joaninhas sem pintinhas!!
Adivinha o que essa garotinha, de seis anos causou na moça?
A Maiara ainda vai ganhar uma história e um poema, com o seu nome!

31.1.09

O menino poeta

“O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro”.
Botando ponto no final da frase.
Foi capaz de modificar a tarde.
Botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda “.

livro "Exercícios de ser criança" (Manoel de Barros)

A CRISE

Todos os dias ouvimos na rádio, na tv, no jornal, na web, no ônibus, no metrô, no espaço x....sobre a crise
O povo está parando de consumir
O sistema ruiu
Pessoas sendo demitidas por conta da falta de retroalimentação
Eu pergunto
Tostines vende mais porque está sempre fresquinho
Ou é fresquinho por que vende mais?
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
O presidente fala: povo brasileiro, não parem de consumir!
Está tudo fora da ordem
Qual é a solução?
Consumir?
Aumentar o lixo?
Destruir o planeta?
Esse caso não tem solução?
Ficamos miseráveis e morremos de inanição?
Já não somos miseráveis?
A miséria pelo acúmulo
Penso que a solução só virá quando revolucionarmos nossa consciência
Quando percebermos que todos nós fazemos parte do universo
Somos uma carne, um espírito
E precisamos viver num mundo onde o rei não é o dinheiro
Um mundo onde a tecnologia trabalha ao nosso favor
Produzindo abundância
Fornecendo energia limpa
Um mundo onde não existe guerra
Um mundo onde não existe ganância
Sou idealista?
Talvez
Estou em crise

" A pior escravidão é aquela que você acha que é livre"

26.1.09

na enteatro!

Uma matéria sobre nossa oficina pode ser lida clicando aqui.

As inscrições estão abertas! Participem!

14.1.09

convite


Oficina Da Lata Para a Fala:
A Arte de Transformar o Lixo e Reinventar História

De 16 de fevereiro a 18 de maio
Segundas e quartas, das 9h às 13h

Teatro Commune
Rua da Consolação, 1218

Inscrições até 9 de fevereiro pelo e-mail
grupoparampara@gmail.com

Mais informações:
Denise Cruz ou Marcela Puppio
(11) 4508-1101/ 8136-1101/ 7576-8827